quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Puppet master





Ping Pong.

Quando bem jogado, a bola faz sempre o mesmo som, o mesmo ritmo (quase musical) de back and forth.

Eu sou a bola. Tanto fico em cima, como em baixo.
Sujeita a levar pancadas de tal força que posso rebentar.
Frágil, mas crucial para o jogo.

A velocidade a que a bola vai só depende da perícia do jogador, e neste caso, acho que até estou nas mãos de alguém que joga estupidamente bem.
É. Estou nas mãos de alguém.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sentimento recíproco


Sem vós, que seria de mim?

Obrigada
. Estou-vos eternamente grata.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Guts over brains


E eu a pensar que estava na altura. De desistir, digo.
Aparentemente não. Voltas e voltas depois, o meu estômago decide que parar de tremer, grunhir e exprimir a sua má disposição não é uma escolha. Tem de acontecer: o estômago manda.

"Das duas, trinta e uma."
Será desta? Será agora que o meu olfacto (ou a falta dele) me denuncia, que o meu sorriso deixa escapar uma (meia) verdade?

Sim, o meu corpo vai-me denunciando involuntariamente, enquanto eu silenciosamente aguardo que o cérebro o domine.
Mas não. Diz o estômago, que manda, que é preferível ser dominada e denunciada, apontada claramente como a criança que bateu na outra, a que passa a vida a ser apontada e a ouvir dizer sobre si "Foi ele!".

Ao menos acabam-se as charades.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Liberdade



É assim que se conquista a liberdade.
Aos poucos e poucos, a pisar os limites, ainda que só ligeiramente.
É de fininho que se conquista a liberdade.
Assim como quem não quer a coisa.