segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Azul


Conheço uma rapariga que sorri.

Sorri, ainda que o peso do mundo lhe caia em cima.
Sorri, ainda que a vida a atraiçoe.
Sorri, ainda que dentro dela a chama se esteja a apagar.

A rapariga que sorri fá-lo porque sabe que apesar do mundo estar hoje em tons de cinza, cheio de escuridão e fealdade, é ainda um sítio lindo cheio de cores.
E as cores e a vida, são na realidade, o seu sorriso.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vale dos Homens


Uma vez confessei-me. Não do modo religioso, que isso não importa ao espírito.


Confessei-me com gritos, com movimentos, com lágrimas, com expressões.

Estamos à beira dum precipício, prontos a soltar um grito que esperamos que ecoe por montes e vales descobrimos que não o conseguimos fazer com tanta facilidade como pensámos inicialmente. Isso é uma confissão.

Confessar-me é deixar que os sentimentos expludam dentro de mim, é sentir um nó na garganta que depois alivia. Confessar-me é sentir-me pesada para depois me sentir leve como nunca antes me tinha sentido. Confessar-me é usar tudo o que tenho em mim, menos as palavras.

A confissão é um acto de libertação que o espírito exige no corpo. E aqui, o cérebro e a mente nada mandam.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

20-17-23-10


"You never gave me time to say «I love you»"

Como um código: quase impossível de decifrar.
Sinto que já esgotei as três tentativas.
E agora?

sábado, 13 de novembro de 2010