
Estou à procura de um pouco de luz para não ser tudo escuro, para que não sejam só vultos. Já abri a janela, procurei lá fora e nem assim.
Estando assim, perdida no escuro, nem conheço o que é meu, onde estou. O Sol nunca mais nasce e apesar de serem cinco e meia da manhã a claridade ainda tarda a chegar.
Cantam os pardais mas sinto que está longe de amanhecer. Tenho um gato no regaço e outro a miar lá fora. Não penso.
Vou desenhando com os dedos, porque a paciência se esgota e sinto que me acalma. Mantenho-me ocupada enquanto espero, ao menos.
Mais meia hora.
Eu espero. Eu espero, já te disse!
Não te preocupes.
Queres que deixe a porta aberta?