segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O depois



Num sonhar triste, o Mundo é perfeito.
Deixa-se sonhar a Humanidade, para que a mesma não desespere.


E é no sonho que se atinge a perfeição, sem palavras dispersas, soltas, inúteis, vazias.

E é na Utopia que os Homens, sendo sempre honestos nos "pecados" cometidos, chegam à conclusão de que de todos os o mais grave de ser admitido será ter deixado escapar o amor,
tornando-se consequentemente o mais pesado fardo a suportar.

sábado, 10 de setembro de 2011

Para o Duarte


É infeliz que nunca nos tenhamos dado muito em crianças.
É miserável que só nos vejamos nas férias, tendo em conta que vivemos tão perto e que temos toda a facilidade para nos encontrar.
Temos muito para conversar, para partilhar e aprender um com o outro.

Sempre que te lembrares de mim não te esqueças que não estou tão longe como pareço estar.

Entristece-me que nunca te tenha dito isto antes, mas gosto muito de ti, Primaço.



Muitos parabéns.


Cuncas

domingo, 4 de setembro de 2011

Summer Nights





É quando te afastas dos teus amigos e te alias a quem os magoa que deixas de ser quem conheci
para passares a ser quem eu nunca quis conhecer.

sábado, 3 de setembro de 2011

Turn, Turn, Turn


"Atribulada" será a palavra correcta.


Irritada também caberia, mas aí pareceria instável.

Os corações não voltarão a bater em uníssono, mas a recordação do que aconteceu não pode ser apagada.

A recordação que funciona para o bem e para o mal.

A recordação que nos leva a recordar coisas que talvez nem tenham existido. Cheiros, sobretudo.

A recordação que remota, falsamente, à doçura.

A recordação que traz a saudade do que nunca foi.

domingo, 24 de julho de 2011

Rosa Carne



Fecha os olhos.
A verdade visual é um mito e a beleza uma ilusão.

Um toque áspero pode parecer-te brutidão, mas é apenas um aviso.
Uma voz rouca é apenas sabedoria, excelência e experiência.
Um olhar pode ser insignificante se deixares, e um sorriso branco pode revelar-se amarelo de perto.

Não te deixes tentar.
Os olhos são overrated.

domingo, 10 de julho de 2011

Bohemian like you

Quando olho para o horizonte e vejo que lá não estás, já não entristeço.

Os teus olhos já nada me dizem, o teu coração é construído de mentiras e impurezas, e apenas o Mar, a Lua e o Sol me falam honestamente.

Se estar assim a sofrer sem causa me importuna, imagina o que passei quando o Sol não brilhava e as nuvens escondiam a Lua. O Mar está desejoso de me ter, e eu de me deixar levar.




Cores nítidas. Foi o que estive impedida de ver, pela falta de Luz.

sábado, 25 de junho de 2011

Frestas


Estou à procura de um pouco de luz para não ser tudo escuro, para que não sejam só vultos. Já abri a janela, procurei lá fora e nem assim.



Estando assim, perdida no escuro, nem conheço o que é meu, onde estou. O Sol nunca mais nasce e apesar de serem cinco e meia da manhã a claridade ainda tarda a chegar.


Cantam os pardais mas sinto que está longe de amanhecer. Tenho um gato no regaço e outro a miar lá fora. Não penso.

Vou desenhando com os dedos, porque a paciência se esgota e sinto que me acalma. Mantenho-me ocupada enquanto espero, ao menos.

Mais meia hora.

Eu espero. Eu espero, já te disse!
Não te preocupes.

Queres que deixe a porta aberta?